sábado, 25 de setembro de 2010



Mata este amor...
incinera-o  sem lamentos
nas chamas do fogo ardente
até se tornar cinzas todo este
sentimento.

Lança  as cinzas nos quatro cantos do vento,
para serem levadas na leveza dos pensamentos.
Serão cinzas do amor incineradas, nem preces nem
milagres,não será ressuscitado.

Amor renegado, veio do pó e ao pó retornará.
Não rogues por mim, nem por este amor incinerado,
queima-o no fogo dos teus actos, que
estarei livre, espalhando as cinzas do passado,
livre como os pássaros...
livre como vento...
Não serás eternizado.











De flores se encheu o céu
E os deuses ficaram a olhar
Pois tal mistério aconteceu
E eles não o conseguiram profetizar

Que mistério tão poderoso
Mas que flores serão
Nem isso eles sabiam
Mas que grande confusão

E então desceram à terra
E a todos foram perguntar
Que flores eram aquelas
Que estavam o paraíso a abafar

E na terra apenas disseram
São as flores de quem consegue acreditar
Que os deuses ainda existem
E nos podem ajudar

E então os deuses perceberam
Que algo de bom estavam a esquecer
E voltaram ao hades
Para ao povo da terra agradecer

E não pediram templo para os adorar
Nem oferendas para se merecer
Pediram apenas para deixarem as flores
Pois a vida ia agora tudo de bom ser











As pessoas vão-se embora
Há sangue pelo chão 
gritos pelo ar...
Não sei o que vou fazer 
nao sei como encontrar forças para correr 
pois quem eu amo 
está morto no chao
Maldito aquele que viola a lei divina 
matando pessoas por pura diversão!
Por ti, amor! Morrerei! 
Não quero viver 
num inferno de podridão!
A minha ilusao era achar que eles tivessem alma 
que eles tinham compaixão!
Um bando de jovens destruídos 
por uma sociedade de eterna maldição. 
Jovens assassinos... 
jovens sem alma e sem coração! 
jovens, condenados por um mesmo destino que eu... 
o destino da solidão!
Perdi quem mais amei 
e em cima de seu corpo chorarei 
minha alma destruída pela vingança 
e meu coração consumido pela tristeza 
perdurarão assim... 
até que no inferno me leve!













Desato os nós no emaranhado dos dias
cruzos os desafios, não me entrego à cobardia,
a força que me mantém é a esperança que me guia
A luz que me ilumina
é a chama que trago no meu peito
sempre acessa e viva.Nada me detém,
nada me crucifica,
suplico aos céus
suplico pela vida
Eu grito ao infinito...
rogo pelas dores com a voz de um aflita!
De joelhos eu não me entrego
neste chão de labirintos.
Não me quebro, não me estilhaço
feito cacos de vidro,
eu me refaço me fortaleço
livro-me das correntes do medo
livro-me do malifício
Os espíritos levam-me por aí....






O que seria da vida
Sem a luz da tua alma me iluminar?
Como seriam os meus dias
Sem o ardor do teu altar
Para quê  caminhar pelas trevas
A procura do lenitivo
Se hoje podemos encontrá-lo
No declínio do teu abismo
É  mórbida flor, porém
Delicada e deslumbrante
Que sacia tão voras vazio
Do meu semblante
É fruto negro e proibido
É  lança no peito ferido
São ondas que tocam as nuvens
E inundam o pequeno infinito
Um castelo de espelhos
Na areia do meu tempo
O sangue quente derramado
Das veias do desespero
É nobre escuridão
Que devora as estrelas
É o frio do coração que
Congela a minha tristeza
Vivo pela morte
Numa sede vampirística
Do livro sou as páginas
Macabras e místicas
Reflito no teu ego
A imagem mais nítida
Do alquimista a procura
Da amarga utopia
Sinto calor no  teus lábios
Escuros no beijo
E vejo a lua através
Dos teus olhos negros
Sigo pregada na tua cruz
Ferida  pelos espinhos do teu ódio
Envelheço mil anos
Por segundo sendo tão lógica.
São as asas que ardem em chamas
E que me levam para o  vale da solidão
Onde encontro o meu abrigo
Em tal sentido sem razão
Pois tu és canção lírica
Que reluz na minha alma agora
Teu sentimento obscuro
É a minha felicidade mórbida





Esta noite,
caiu sobre mim
o silencio imposto
por mil estrelas cintilantes
Meu olhar soturno
humedecido pela saudade de sentir,
reflecte o pálido luar
que chove sobre mim...
A minha volta
voam morcegos
incitando ao desespero
Assustada fecho os olhos
imagino o teu sorriso
até que nasça o dia...







Não quero adormecer

Sabendo que minha mente confusa

Pode um dia ir por aí,

Traiste-me como ninguém

Ardor na pele e na alma

Sangue jorra dos meus olhos

Não sinto mais aquilo que me alimentava;

O que me mantinha viva.



Agora só tenho a dizer

Que minha mente confusa, minha alma ferida

E o mistério que envolve meus olhos

É tudo que me restou de uma vida falida



Meu túmulo me espera

Retumbante semblante a me aguardar

Sussurra ao pé do meu ouvido

Que a morte espera-me!



Na escuridão das trevas,
onde a luz não ousa chegar,
existe um lugar onde a vida apenas sobrevive.
Muitos apelindam esse lugar de inferno,
outros de fim do mundo.
Eu, chamo de lar.

O sono é uma morte incompleta,
a morte é o sono perfeito.

A sombra é a luz negativa.

Uma cadeia de ferros é mais facil do que romper uma cadeia de flores.

A prática é o verbo em ação,
o homem que pratica pertence
a doutrina cujo ritos realiza.

Se eu avançar, segue-me.
Se eu morrer, vinga-me.
Se eu recuar, mata-me.

Se tu és capaz de amar,
não faças sofrer quem te ama.

Lutar sempre,
vencer se possível,
desistir nunca.

Antes de magoar um coração,
vê se não estas dentro dele.



Beberei deste sangue que
me escorre pelo peito
numa taça de cristal quebrada,
sobre o punhal da lâmina afiada,
que corta a alma , que mata.

Resistirei à dor ,
fincarei mais ainda
para nunca esquecer o desamor.

Beberei deste sangue até a ultima gota
para nunca esquecer a tua traição.
Saciando a minha ira
carregarei este punhal no coração.

Punhal de muitas faces,
cortaste a minha carne
sem piedade, sem compaixão,
sobressaltando do meu corpo
a cor vermelha espalhando-se pelo chão.

Lavarei minhas vestes negras
neste sangue derramado
que tornar-se-á a mortalha
deste corpo dilacerado.

És punhal
em todos os teus actos.










Como um pássaro que voavam ao longe
Eu sorria entre as flores
E eu sonhei que tudo era real
Os dias passaram-se
E aqui estou em solidão
Congelada tornou-se a minha alma
Como um anjo sem asas
Vagando pelo horizonte negro
Uma dor que me perfura o coração
Voltando a sangrar
Caindo no mais profundo silêncio
Lamentando em lágrimas
Provei de um doce beijo o pior veneno
Entre meus sacrifícios
Rastejo entre os espinhos
Para repousar-me eternamente
Sobre o doce perfume das rosas sangrentas.




A Doçura de um Anjo
Perdida no horizonte.
Não consigo destinguir o que é real.
Perdida na doçura de um encanto.
Arrepio-me ao sentir um estranho sopro em meu pescoço.
Mas surpreendo-me com a curiosidade que mostra o meu corpo.
Presa na tortura de uma razão.
Vencida pelos meus desejos.
Estou presa entre doçura e lágrimas.
Estou presa entre amor e ódio.
Presos entre sorrisos e lágrimas.
Amarrados por nossos corações.
Que vá embora a saudade que me domina.
Que vá embora encontrar teu destino
E  venha mais uma vez ilúminar o meu caminho.
Mostre-me a paz que eu vejo nos  meus sonhos.
Perdida nas carícias de um anjo.
Surpreendo-me no desejo que mostra o meu corpo
Quando sinto o teu sopro no meu pescoço.
Surpreendo-me ao me entregar às carícias de uma loucura.
Sinto em meu corpo a tortura do meu subconsciente.
Amarrada aos braços de um anjo.
Entrego-me a uma loucura.
E que se vá a razão  que fica a me dominar.
Estou presa na doçura de um anjo.









Na  minha tão doce melodia
vejo a minha mente num susto
e as mãos em tom agreste
o coração num reponso
e toda eu
em meditação
em prece
que fazer de mim
do meu corpo
que nem a mim obedece
e a minha alma
só de luto
se vestem
as
desilusões
a melancolia
e choro
a raiva
e súspiros
e lá ao longe
o som daquela tão doce melodia
é clamor
é grito
é choro
se nao me ouço
nem sei
sei apenas o que sinto
e quero
que a minha força
renasça
e que eu saiba
enfim
onde é que ela mora
e de onde vem!






Tua constância em mim
é a alegria em pessoa,
o suporte que sustenta
os alicerces desta relação.

Desde o primeiro dia que
sabia que serias meu,
pois estavam gravadas nas
estrelas, o teu bom nome.

Erros eu cometi, não te
soube dignificar, mas no
fim prevaleceu o amor
que, juntos, elevamos.

Hoje mais prudente, graças
a ti, estou deveras ciente de
mim e muito mais maduro
enquanto ser humano.

Nasceu em nós a semente
que perdura na terra e irá
brotar (certo o momento),
na flor mais bela das flores.

Nós seremos o jardim onde
ela há-de desabrochar criar
raízes, que buscarão o sol
dos sóis, quando o dia nascer.



Distúrbios, um equívoco passado
Não medístes teus actos
No  teu caminho, percorrestes as minhas feridas
Sentimentos ultrapassados

Corroídos, aos pedaços
Deixastes em mim um pedaço teu
Não sou igual
Por teus olhos,  eu disse ao resto que não

Vem aos poucos a falsidade
Tas-me  o porquê do que fazes
Macgoando este ser que se desfaz ao olhar-te

Pelo medo do que já estar perdido
Tens tudo o que faz parte de mim
Reparas, que tão injustamente fui só eu
Usada, abandonada
Por ti

Em algum lugar por desconhecida razão
Não surpreendida pelas novas feridas
Destes-me esta raiva, fostes tão estúpido, previsível
Agora estou a juntar o que sobrou de mim






Quero quem caminhou comigo no desespero
Pela morte, pelo medo
Olhei  em redor e percebi que estou só
Teu nome, minha vida
Virou pó

Paredes fechadas consumiram  o meu pensamento
O meu desejo, o meu sofrimento
A minha alma implorou por alegria
Se perdeu-se, tropeçou
Alcançou agonia

Fui trazida de volta ao último sussurro
Pelo teu toque, pela tua paz
Uma penitência pela errante que sou
Trancada, aprisionada
Você me odiou

Não pude ver a sombra daquele que busquei
Parei, hesitei
Percebi que não sou aquela que encontrei
Não lutei, não venci
Não amei



De madrugada senti o vento
Algo vinha a sussurrar
Dizia que tu és a beleza
Que para mim estava a soprar

Nascemos para voar
Com asas de condor
Para com a pureza dos sentimentos
Espalharmos pelo mundo amor

E ao voarmos fazemos cânticos
Que afastam as angústias da existência
Destruímos todas as lágrimas
E revelamos de todos a verdadeira essência

E assim nesta terra fazemos
Algo que é miraculoso
Transformamos os sonhos em realidade
E tudo se torna cada dia mais carinhoso













Olho para o teu corpo e abraço-o
E ao abraçar sinto em ti desejo
Sinto uma grande intimidade
E a vontade de te dar um beijo

Ao beijar-te as rimas fluem
Parece um encanto que aparece
E com ternura e carinho
Peço-te um beijo que tudo estremece

E esse beijo tem um sabor adocicado
Vem com a beleza do teu coração
E oiço num suspiro abafado
Faz-me dançar neste chão

E pego nos teus braços levemente
E faço-te numa dança levitar
E digo-te eu baixinho
Dançar contigo é magia criar!








Numa rapidez alucinante
Vejo-te a dançar
No meio de um jardim de rosas
Sem uma única pétala desfolhar

Cada movimento que fazes
É de uma suavidade sem igual
Pareces não tocar em nada
Como se fosses algo divinal

O aroma é espalhado
Pelo vento que tu crias
As pétalas todas abanam
Em movimentos de alegrias

As pétalas parecem bater palmas
Para a dança silenciosa
A melodia não existe
Por isso a dança é tão maravilhosa

E então tudo pára no tempo
E tu e a tua espada  a deslizar
E com o dedo dizes que não
E como uma flor te começas a desfolhar
..
Cada pétala eu apanho
E no meu coração as consigo guardar
Para em cada momento de silêncio
Eu te consiga ver a dançar




Momentos de desespero, de palavras duras e de um medo infinito.Que me quer aniquilar em nome de ujm sentimento supremo que se reduz a nada! Alguém que me humilha sem perdão e que se acha perfeito, de uma supremacia oca! Quero fugir e não tenho meios para tal.
Seres que eu vislumbrei tirem-me deste caos maligno! Dêem-me uma luz a que eu me possa agarrar porque o martírio anda dura 5 dias e cinco luas...