Vida,
Tediosa existência,
Incessante movimentação,
Eterna dúvida,
O maior dos mistérios

E o sono que não tenho
O inibidor dos sentidos,
Para nos desprender daqui,
Oh, sofrido mundo!
O sono é a morte dos que ainda vivem

Para os que dele retornam,
Resta apenas serem tolos
E procurarem a felicidade
Ou serem sábios
E procurarem evitar a dor
Ciclo vicioso, degradante, tedioso

O que senão o sono eterno,
O finalizador dos sentidos,
Para nos tirar daqui,
Oh, sofrido mundo!
A morte é o sono dos que não vivem

Os que para ela foram,
Aqui não mais retornarão
Resta-lhes o nada,
Fazer nada,
Não serem, pois nada são
Nada é!
Não há ciclo
Apenas a degradação completa

Insistentes,
As artes preencherão o vazio de tuas almas
Pobres almas...
Destroçadas pela vida
O sono,
O analgésico para a dor da vida