sábado, 25 de setembro de 2010




Beberei deste sangue que
me escorre pelo peito
numa taça de cristal quebrada,
sobre o punhal da lâmina afiada,
que corta a alma , que mata.

Resistirei à dor ,
fincarei mais ainda
para nunca esquecer o desamor.

Beberei deste sangue até a ultima gota
para nunca esquecer a tua traição.
Saciando a minha ira
carregarei este punhal no coração.

Punhal de muitas faces,
cortaste a minha carne
sem piedade, sem compaixão,
sobressaltando do meu corpo
a cor vermelha espalhando-se pelo chão.

Lavarei minhas vestes negras
neste sangue derramado
que tornar-se-á a mortalha
deste corpo dilacerado.

És punhal
em todos os teus actos.







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